Aldazida comprimidos é indicada no tratamento da hipertensão (pressão alta), insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade de o coração bombear a quantidade adequada de sangue), cirrose hepática (morte das células do fígado) com inchaço, síndrome nefrótica (alteração da filtragem dos rins) e outras condições edematosas (que cursam com inchaço), edema idiopático (inchaço sem causa definida), na hipopotassemia (diminuição do potássio no sangue) induzida por diurético (medicamento que aumenta a eliminação de líquido através da urina) e no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva tomando digitálicos (medicamento que aumentam a força de contração do coração) quando outras medidas forem consideradas inadequadas para manter o balanço eletrolítico (equilíbrio entre volume de líquido corpóreo e substâncias nele dissolvidas).
Uso adulto e pediátrico - Uso oral
Aldazida deve ser tomado junto às refeições.
Uso em Adultos
A dose adequada para a maioria dos pacientes é de ½ a 2 comprimidos desde que o tratamento seja mantido por duas semanas ou mais.
A dose dos outros medicamentos anti-hipertensivos (contra pressão alta) deve ser reduzida pelo menos em 50% quando Aldazida é adicionada ao tratamento e, então, reajustada conforme a necessidade de cada paciente.
A dose diária poderá ser administrada em uma só tomada ou dividida em 2 doses, no mínimo por 2 semanas, conforme prescrição médica.
A dose adequada para a maioria dos pacientes é de 2 comprimidos de Aldazida em doses fracionadas desde que o tratamento seja mantido por duas semanas ou mais; mas, a dose terapêutica pode variar entre meio até quatro comprimidos diários.
A dose diária poderá ser administrada em uma só tomada, conforme prescrição médica.
Uso em Crianças
Em crianças, a dose diária de manutenção de Aldazida deve ser de 1,5 a 3,0 mg de espironolactona (componente da Aldazida) por quilo de peso.
A dose deverá ser determinada com base na resposta e tolerância e conforme prescrição médica.
Uso em Idosos: Aos pacientes idosos aplicam-se todas as recomendações acima descritas.
Você não deve usar Aldazida se tiver insuficiência renal aguda (diminuição da função dos rins), diminuição significativa da função renal, anuria (menos que 100 ml de urina diários), doença de Addison (doença que cursa com insuficiência da glândula adrenal) ou outras condições associadas com hiperpotassemia (aumento de potássio no sangue), hipercalcemia significativa (aumento do cálcio no sangue), hiperpotassemia, além da hipersensibilidade à espironolactona, aos diuréticos tiazídicos (componentes da Aldazida) e/ou a outros fármacos derivados da sulfonamida ou a qualquer componente da fórmula.
Você deve saber que o uso concomitante de espironolactona (componente da Aldazida) e outros diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), indometacina (medicamento anti-inflamatório), antagonistas da angiotensina II (substâncias com ação contrária a angiotensina II, ou seja, facilitam a perda de líquido e sódio pelos rins), bloqueadores da aldosterona (hormônio que atua nos rins para inibir a eliminação do sódio), suplementos de potássio, uma dieta rica em potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem levar à hiperpotassemia (aumento da quantidade de potássio no sangue) grave.
Em pacientes idosos e/ou com prejuízo preexistente da função hepática (do fígado) ou renal (dos rins) é aconselhável realizar uma avaliação periódica dos eletrólitos (sódio, potássio, entre outros) séricos (sanguíneos) e ureia sérica (molécula resultado do metabolismo de proteínas).
Cuidados devem ser tomados no tratamento de pacientes com insuficiência hepática aguda ou grave (falência da função do fígado), pois pode haver risco de coma (perda de consciência) hepático.
Pode ocorrer hiponatremia (diminuição da quantidade de sódio no sangue), especialmente quando Aldazida for combinada com outros diuréticos.
Relatou-se acidose metabólica hiperclorêmica reversível (aumento da acidez do sangue, com aumento da quantidade de cloro), geralmente associada com hiperpotassemia (aumento da quantidade de potássio) em alguns pacientes com cirrose hepática (morte das células do fígado) descompensada, mesmo com função renal normal.
Deve-se ter cuidado no tratamento de pacientes com comprometimento hepático agudo ou grave, pelo risco de desenvolver encefalopatia hepática (alterações neurológicas pela diminuição abrupta da função do fígado).
A espironolactona (componente da Aldazida) aumenta a meia-vida plasmática (no sangue) da digoxina (medicamento que aumenta a força de contração do coração).
Este fato pode resultar no aumento dos níveis de digoxina sérica (sanguínea), com a consequente toxicidade digitálica (intoxicação por digoxina).
Pode ser necessário reduzir as doses da digoxina, quando se associa a espironolactona e o paciente deve ser cuidadosamente acompanhado.
A espironolactona pode interferir na dosagem da concentração plasmática de digoxina ( parte Interações Medicamentosas).
Outros medicamentos anti-inflamatórios podem diminuir a eficácia dos diuréticos.
Pode-se desenvolver hipopotassemia (diminuição da quantidade de potássio no sangue) especialmente quando a Aldazida é usada em associação com diuréticos de alça (tipo de diurético), glicocorticoide (tipo de medicamento usado como anti-inflamatório), ou ACTH (hormônio que atua na glândula suprarrenal).
A hipopotassemia (diminuição de potássio no sangue) pode agravar os efeitos da terapia com digitálicos (medicamentos para insuficiência cardíaca congestiva).
A depleção (redução) de potássio pode induzir a sinais de intoxicação por digitálicos com níveis de doses previamente toleradas.
A hidroclorotiazida (componente da Aldazida) pode aumentar a concentração do ácido úrico (composto orgânico que pode cristalizar nas articulações causando Gota) no sangue.
Pode-se fazer necessário um ajuste da dosagem nas medicações antigota.
As tiazidas (classe da Aldazida) podem aumentar as concentrações da glicose sanguínea em pacientes diabéticos e pré-diabéticos.
Podem ser necessários ajustes nas dosagens de insulina ou de medicação hipoglicêmica (medicação que abaixa a taxa de glicose no sangue) nesses pacientes.
A elevação dos níveis de colesterol e triglicérides pode estar associada ao uso da hidroclorotiazida (componente da Aldazida).
A hidroclorotiazida (componente da Aldazida) pode causar uma reação idiossincrática (dependendo de cada pessoa) como por exemplo, miopia aguda transitória (imagem de objetos distantes fica dificultada por um tempo) e glaucoma de ângulo fechado agudo (imagem em forma de círculo, colorida, em volta de focos de luz, dor súbita no olho e na cabeça, náuseas e vômitos) que pode levar à perda de visão permanente.
O principal tratamento é interromper o tratamento com Aldazida o mais rápido possível.
Os fatores de risco para desenvolver o glaucoma de ângulo fechado agudo podem incluir histórico de alergia à sulfonamida ou penicilina.
Aldazida na gravidez: não se sabe se o uso de Aldazida é seguro durante a gravidez.
Não há estudos em mulheres grávidas.
Portanto, o uso de Aldazida em mulheres grávidas requer a avaliação do médico quanto ao risco-benefício.
As tiazidas (classe da Aldazida) e seus metabólitos podem atravessar a barreira placentária (atravessar a barreira da placenta, podendo atingir o feto ou embrião) e inibir o trabalho de parto.
Uso durante a Lactação: as tiazidas e a canrenona (metabólito da espironolactona) aparecem no leite materno.
O uso de Aldazida durante a amamentação não é recomendado, no entanto, o médico poderá prescrever as doses mais baixas possíveis durante este período.
Sonolência e tontura ocorrem em alguns pacientes.
É recomendada precaução ao dirigir ou operar máquinas até que a resposta inicial ao tratamento seja determinada.
Interações Medicamentosas
Sempre avise o seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova.
O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação medicamentosa.
Foi relatada hiperpotassemia (aumento da quantidade de potássio no sangue) grave em pacientes que fazem uso de diuréticos (medicamento para aumentar a eliminação de líquido através da urina) poupadores de potássio, incluindo a espironolactona e inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina).
A Aldazida potencializa o efeito de outros diuréticos e agentes anti-hipertensivos quando administrados concomitantemente.
Pode ser necessária a redução da dose desses fármacos quando a Aldazida é acrescentada ao tratamento.
O uso de Aldazida com outros medicamentos conhecidos por causar hiperpotassemia (quantidade de potássio no sangue aumentada) pode resultar em hiperpotassemia grave.
A Aldazida deve ser usada com cuidado em pacientes que vão receber anestesia local ou geral, pois pode mudar a resposta à norepinefrina (tipo de hormônio/neurotransmissor que pode ser usado como medicamento e em anestesias).
A colestiramina e colestipol reduzem a absorção da Aldazida e podem reduzir seus efeitos diuréticos.
Podem ser necessários, ajustes de dose de medicamentos antidiabéticos (agentes hipoglicemiantes orais e insulinas).
O uso da Aldazida com corticóides (tipo de medicamento usado como anti-inflamatório), ACTH (hormônio que atua na glândula suprarrenal) pode causar depleção eletrolítica intensificada (diminuição rápida de minerais que circulam normalmente no sangue), particularmente hipopotassemia (diminuição de potássio no sangue) com tiazidas (classe da Aldazida).
A hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue) induzida por tiazida (classe da Aldazida) pode comprometer o controle da gota (aumento do ácido úrico no sangue) pelo alopurinol e probenecida.
A co-administração de hidroclorotiazida (medicamanto que abaixa a pressão)e alopurinol (medicamento usado para diminuir o ácido úrico do sangue) pode aumentar a incidência de reações por hipersensibilidade (reação alérgica) ao alopurinol.
O uso da Aldazida e da carbenoxolona (tipo de medicamento contra úlcera) deve ser evitado.
A hidroclorotiazida (componente da Aldazida) pode aumentar o efeito dos relaxantes musculares.
Os fármacos anti-inflamatórios não esteroides podem atenuar a eficácia natriurética (de eliminação de sódio) dos diuréticos pela inibição da síntese intrarrenal (dentro dos rins) de prostaglandinas (substâncias que atuam em diversas funções no organismo).
Agentes diuréticos tiazídicos (classe que pertence a Aldazida) reduz o clearance renal de lítio (eliminação de Lítio pelos rins) e aumenta o risco de toxicidade.
Pode ser necessário um ajuste na dose de lítio.
Foi demonstrado que aspirina, indometacina e ácido mefenâmico (medicamentos anti-inflamatórios não hormonais) diminuem o efeito diurético da espironolactona (componente da Aldazida).
A espironolactona (componente da Aldazida) aumenta o metabolismo da antipirina (fenazona).
Acidose metabólica hipercalêmica (aumento da acidez e da quantidade de potássio no sangue) foi relatada em pacientes que receberam espironolactona (componente da Aldazida) concomitantemente a cloreto de amônio ou colestiramina.
Hipopotassemia (quantidade de potássio no sangue reduzida) e hipomagnesemia, (quantidade de magnésio no sangue reduzida) induzidos por tiazidas (classe da Aldazida) aumentam o risco de toxicidade da digoxina (medicamento usado para melhorar o trabalho do coração), o que pode levar a eventos fatais de arritmia (alteração do ritmo do coração).
Este medicamento pode causar doping.
Cada comprimido de Aldazida contém 50 mg de espironolactona e 50 mg de hidroclorotiazida.
Excipientes: sulfato de cálcio diidratado, amido de milho, povidona, aroma de hortelã-pimenta e estearato de magnésio.
Apresentação: Aldazida comprimidos de 50 mg de espironolactona e 50 mg de hidroclorotiazida em embalagens contendo 30 comprimidos.
Aldazida funciona pela combinação de dois agentes diuréticos com diferentes, mas complementares, mecanismos e locais de ação, proporcionando efeitos diuréticos (aumento da eliminação de líquido através da urina) e anti-hipertensivos (de redução da pressão arterial) que se somam.
Adicionalmente, a espironolactona (componente da Aldazida) ajuda a diminuir a perda de potássio caracteristicamente induzida pelo componente tiazídico (Hidroclorotiazida, outro componente da Aldazida).
O efeito diurético da espironolactona ocorre por sua ação como antagonista da aldosterona, (hormônio que regula a concentração de Sódio e Potássio).
As hidroclorotiazidas promovem a eliminação de sódio e água, inibindo principalmente a reabsorção desses elementos pelos rins.
Os efeitos dessa combinação resultam em aumento da excreção de água e sódio, enquanto a espironolactona compensa a perda de potássio e magnésio causada pela tiazida (componente da Aldazida) e mantém o balanço eletrolítico (equilíbrio entre volume de liquido corpóreo e substâncias nele dissolvidas).
O uso de dose maior do que a indicada poderá manifestar-se por vômito, náusea (enjoo), tontura, confusão mental, erupção cutânea eritematosa (feridas avermelhadas na pele) ou maculopapular (manchas avermelhadas elevadas na pele), sonolência ou diarreia.
Podem ocorrer desequilíbrio eletrolítico (alteração da quantidade de sódio, potássio, cálcio, etc. no sangue) e desidratação.
Caso os digitálicos (medicamentos para insuficiência cardíaca congestiva) tenham sido administrados, a hipopotassemia (diminuição de potássio no sangue) pode acentuar arritmias (alteração do ritmo) cardíacas.
O tratamento da superdosagem deve ser para melhora dos sintomas e inclui reposição de líquidos e eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, etc).
Não existem antídotos específicos.
No caso de ingestão acidental, procure rapidamente socorro médico.
A hiperpotassemia (aumento de potássio no sangue) poderá ser tratada pela rápida administração de glicose (20% a 50%) e insulina regular, usando 0,25 a 0,5 unidades de insulina por grama de glicose.
Podem-se administrar diuréticos excretores de potássio e resinas de troca iônica (substâncias usadas para retirar o excesso do medicamento do organismo).
Deve-se suspender o uso de Aldazida restringindo-se a ingestão de potássio (inclusive pela dieta).
Caso você esqueça de tomar Aldazida no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico.
Neste caso, não tome o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas.