Bula
Para que serve?
Daivobet é indicado para o tratamento tópico da psoríase vulgar.
Posologia
Daivobet mostrou-se eficaz na psoríase vulgar quando aplicado uma vez ao dia. O período recomendado de tratamento é de quatro semanas. Após esse período, o tratamento de manutenção pode ser feito com hidrato de calcipotriol, isoladamente. A dose máxima diária não deve exceder 15 g. A dose máxima não deve ultrapassar 100 g semanais e a área tratada não deve ser maior que 30% da superfície corporal.
Contraindicação
Daivobet é contraindicado nos seguintes casos: hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos princípios (hidrato de calcipotriol e/ou dipropionato de betametasona) ou a qualquer outro componente da fórmula, pacientes com alteração do metabolismo de cálcio, pacientes com doença renal ou hepática graves, pacientes com psoríase eritrodérmica, esfoliativa e pustular e pacientes com infecções cutâneas virais (como herpes simples, varicela), infecções fúngicas (como micose) ou bacterianas, infecções por parasitas (como 4 escabiose), acne vulgaris, rosácea ou dermatite perioral, atrofia de pele, estrias, fragilidade das veias da pele, ictiose (doença descamativa da pele), acne rosácea, úlceras, feridas,
prurido genital ou perianal ou manifestações de pele relacionadas a tuberculose ou sífilis.
Avisos e Cuidados
Daivobet não deve ser usado no rosto. As mãos devem ser lavadas após cada aplicação, para evitar o contato da pomada com a face. O tratamento de mais de 30% da superfície corpórea deve ser evitado. O risco de hipercalcemia é mínimo quando as recomendações relevantes a calcipotriol são cumpridas. Pode ocorrer hipercalcemia caso a dose máxima semanal de 100 g seja excedida. O cálcio sérico, entretanto, é rapidamente normalizado com a interrupção do tratamento.
Embora o potencial para efeitos sistêmicos após a absorção percutânea do corticosteroide seja remoto, já que a absorção da betametasona do Daivobet mostrou ser mínima, os efeitos adversos relatados durante a corticoterapia sistêmica, como a supressão adrenocortical ou o agravamento do diabetes melito, poderão eventualmente ocorrer. A recorrência rebote e a psoríase pustular foram descritas após a descontinuação do tratamento da psoríase vulgar com corticosteroides, porém, estas são raramente vistas e não apresentam risco significativo no tratamento com Daivobet . Deve ser evitada a aplicação em grandes áreas de pele danificada e sob curativos oclusivos, mucosas ou pregas cutâneas, já que estes fatos aumentam a absorção sistêmica dos corticosteroides. A pele da face e dos genitais é muito sensível aos corticoides. O tratamento prolongado dessas partes do corpo deve ser evitado. Essas áreas devem ser tratadas somente com corticosteroides menos potentes. Na vigência de infecções secundárias, estas devem ser tratadas com terapia antimicrobiana. Entretanto, se a infecção agravar, o tratamento com costicosteroides deve ser interrompido. Em tratamentos prolongados há aumento do risco de efeitos adversos local e aumento sistêmico dos corticosteroides. O tratamento deve ser descontinuado em caso de efeitos adversos relacionados ao uso prolongado de corticosteroides (vide item “Reações
adversas / colaterais”). Durante o tratamento com Daivobet , recomenda-se evitar exposição excessiva à luz artificial ou natural. O uso tópico de calcipotriol deverá ser realizado com radiação UV somente se os benefícios potenciais superarem os riscos. Apesar de se considerar que o hidrato de calcipotriol não seja metabolizado nos rins, este fato não pode ser excluído, e Daivobet não deve, portanto, ser usado em pacientes com doença renal grave. Da mesma forma, não se recomenda o uso de Daivobet em pacientes com doença hepática grave, por causa do potencial para o acúmulo do hidrato de calcipotriol, uma vez que o mesmo é metabolizado no fígado. Não existe experiência com o uso de Daivobet em crianças e adolescentes abaixo de 18 anos, portanto, ele não é indicado para esse grupo etário.
Gravidez e lactação
Este medicamento pertence à categoria C de risco de gravidez. Ainda não foi determinada a segurança do uso de Daivobet durante a gravidez e lactação
humana. Os estudos em animais não demonstraram efeitos teratogênicos, mas a relevância dessa descoberta em seres humanos ainda não foi determinada. Consequentemente, Daivobet só deve ser administrado a mulheres grávidas se os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto. A betametasona passa para o leite materno. No entanto, o risco de se ter um efeito adverso na criança parece ser improvável em doses terapêuticas. Não há dados sobre excreção de calcipotriol no leite materno. Deve-se ter cautela ao prescrever Daivobet a mulheres que estejam amamentando. As pacientes devem ser instruídas a não usar Daivobet nas mamas se estiverem amamentando. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Composição
Princípio ativo: cada grama da pomada contém 52,2 mcg de hidrato de calcipotriol (equivalente a 50 mcg de calcipotriol) e 0,643 mg de dipropionato de betametasona (equivalente a 0,5 mg de betametasona).
Excipientes: parafina líquida, polioxipropileno-15-estearil éter, α-tocoferol e parafina branca macia.
Superdosagem
O uso excessivo pode resultar em efeitos esteroidais sistêmicos, supressão hipófise-adrenal e potencial para insuficiência adrenocortical, a qual é geralmente reversível. Na eventualidade de superdosagem crônica persistente, a redução da dose deve ser gradual, para evitar a possibilidade de insuficiência adrenocortical. O uso excessivo também pode resultar em
hipercalcemia, que desaparece rapidamente com a interrupção da terapia. Foi relatado que devido ao uso inadequado um paciente com psoríase eritrodérmica extensa tratado com 240 g de Daivobet semanalmente (dose máxima ecomendada de 100 g semanalmente, conforme item “Posologia”), por cinco meses, desenvolveu síndrome de Cushing e psoríase postular após interrupção abrupta do tratamento.