Logo

Medicamentos

  • Dados Gerais
  • Para que serve?
  • Posologia
  • Contraindicação
  • Avisos e Cuidados
  • Composição
  • Mecanismo de ação
  • Superdosagem
‌

Ecasil

Bula

Para que serve?

Ecasil-81 comprimido é indicado para inibir a agregação das plaquetas, sendo, então, recomendado para o tratamento e para reduzir o risco de morte por infarto do miocárdio e recorrência de novo infarto em pacientes previamente infartados ou com angina pectoris instável.

Uso pediátrico ou adulto - Uso oral

Posologia

Adultos: 1 a 2 comprimidos revestidos de Ecasil-81 ao dia ou a critério médico.

Cada dose de Ecasil-81 deve ser tomada com um copo cheio de água, a menos que o paciente esteja sob restrição de fluidos, durante ou após a refeição.

Contraindicação

Ecasil-81 não deve ser administrado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico e/ou agentes anti-inflamatórios não esteroidais; pacientes com história recente de sangramento gastrintestinal (p. ex. úlcera péptica) ou com desordens hemorrágicas (p. ex.: hemofilia); último trimestre da gravidez e durante o aleitamento; pacientes com anemia severa e histórico de irregularidades na coagulação sanguínea.

Avisos e Cuidados

Ecasil-81 deve ser administrado com cuidado a pacientes com asma, pólipos nasais ou alergias nasais.

Pacientes apresentando sinais e sintomas de ataques isquêmicos transitórios devem passar por completa avaliação médica e neurológica.

Devem ser consideradas outras desordens que se assemelhem a ataques isquêmicos transitórios. Atenção deve ser dada aos fatores de risco: são importantes para avaliar e tratar, se apropriados, outras doenças associadas com ataques isquêmicos transitórios e apoplexia, como por exemplo a hipertensão e diabetes.

Administração concomitante de anti-ácidos absorvíveis, em doses terapêuticas, pode aumentar o clearance de salicilatos em alguns indivíduos.

A administração de antiácidos não absorvíveis pode alterar a taxa de absorção do ácido acetilsalicílico, resultando, portanto, em uma redução do ácido acetilsalicílico/salicilato no plasma.

O ácido acetilsalicílico aumenta o tempo de coagulação e seu uso deve ser suspenso uma semana antes de qualquer cirurgia.

Os salicilatos devem ser administrados com cautela a pacientes com lesões hepáticas graves, hipoprotrombinemia pré-existente, deficiência de vitamina K ou hemofilia.

Portadores de viroses específicas ou de causa desconhecida, devem ter o uso de ácido acetilsalicílico suspenso imediatamente, caso pareçam alterações gástricas, lesões cutâneas ou de hipersensibilidade.

Houve ocasionais relatos de indivíduos com reduzido esvaziamento gástrico, nos quais ocorreu a retenção por mais tempo de um ou mais comprimidos de ácido acetilsalicílico com revestimento gastroresistente.

Este fenômeno pode ocorrer como resultado de uma obstrução pilórica por doença ulcerosa ou associada com peristalse gástrica hipotônica. Indivíduos sob esta condição podem apresentar queixa de saciedade precoce ou queimação epigástrica.

O diagnóstico pode ser feito por endoscopia ou por radiografias. As opções para solucionar este problema incluem gastrectomia e lavagem com solução neutra ou levemente alcalina, para processar a gradual dissolução do revestimento gastro-resistente.

O ácido acetilsalicílico pode estar associado com o desenvolvimento da síndrome de Reye em crianças e adolescentes com doença febril aguda, especialmente em infecções virais como influenza e varicela.

Recomenda-se o exame em crianças para descartar a possibilidade destas infecções.

Recomenda-se monitorização cuidadosa dos níveis séricos de salicilatos em crianças com doença de Kawasaki.

Crianças ou adolescentes não devem usar esse medicamento para catapora ou sintomas gripais antes que um médico seja consultado sobre a síndrome de Reye uma rara, mas grave doença associada a esse medicamento.

Pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos tóxicos dos salicilatos, devido a diminuição da função renal. Pode ser necessário diminuir a dose, principalmente em caso de tratamento prolongado.

Os salicilatos devem ser administrados com cautela a pacientes com insuficiência hepática ou renal.

Nos casos de insuficiência renal ou hepática graves, deve-se evitar o seu uso.

Ecasil-81 na gravidez: informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento com Ecasil-81 , ou após o seu término.

Ecasil-81 não deve ser utilizado durante os 3 últimos meses de gravidez, a não ser sob específica prescrição médica, devido ao risco de complicações para a mãe e o bebê durante o parto; durante a amamentação, é desaconselhado o uso repetido de Ecasil-81 para a mãe.

Informe ao médico se está amamentando.

Interações Medicamentosas

  • Anticoagulantes orais: junto com ácido acetilsalicílico, podem deprimir a concentração de protrombina no plasma e aumentar o tempo de sangramento.
  • Hipoglicemiantes: altas doses de ácido acetilsalicílico têm uma ação hipoglicêmica, podendo aumentar os efeitos dos hipoglicemiantes orais. Consequentemente, eles não devem ser dados conjuntamente; se, no entanto, isto for necessário, as doses dos hipoglicemiantes devem ser reduzidas, enquanto for administrado o ácido acetilsalicílico. Esta ação hipoglicemiante também pode afetar a necessidade de insulina por parte dos diabéticos.
  • Uricosúricos: o ácido acetilsalicílico pode reduzir os efeitos da probenecida, fenilbutazona e sulfimpirazona.
  • Espironolactona: a excreção de sódio promovida pela espironolactona pode estar diminuída na presença de salicilatos.
  • Bebidas alcoólicas: possui um efeito sinérgico com o ácido acetilsalicílico, podendo causar sangramento gastrintestinal.
  • Corticosteroides: a concomitante administração com ácido acetilsalicílico pode aumentar o risco de ulceração gastrintestinal.
  • Derivados pirazolônicos (fenilbutazona e possivelmente a dipirona): quando co-administrados com o ácido acetilsalicílico, podem incrementar o risco de ulceração gastrintestinal.
  • Anti-inflamatórios não-esteroidais: o ácido acetilsalicílico é contraindicado em pacientes que têm hipersensibilidade aos agentes anti-inflamatórios não esteroidais.
  • Alcalizantes urinários: reduzem a efetividade do ácido acetilsalicílico através do aumento da taxa dos salicilatos na excreção renal.
  • Fenobarbital: diminui a efetividade do ácido acetilsalicílico por indução enzimática.
  • Propranolol: pode reduzir a ação anti-inflamatória do ácido acetilsalicílico por competição com os mesmos receptores.
  • Antiácidos: não deve ser dado conjuntamente com Ecasil-81, pois um aumento do pH estomacal pode afetar o revestimento entérico dos comprimidos.

Composição

Cada comprimido revestido contém:

ácido acetilsalicílico...................................................... 81 mg

Excipientes: lactose, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio, dióxido de titânio, silicato de magnésio, copolímeros do ácido metacrílico.

Apresentação: comprimido revestido 81 mg - caixa com 90 comprimidos.

Mecanismo de ação

O ácido acetilsalicílico inibe a síntese de prostaglandinas e do tromboxano A2, prevenindo a adesão plaquetária responsável pela formação de trombos, que podem estar relacionados com o infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais.

Superdosagem

Pode ocorrer salicilismo após ingestão repetida de altas doses.

Os sintomas consistem de estimulação do sistema nervoso central com náusea, vômito, hiperpneia, hiperatividade e possibilidade de convulsão.

Pode progredir para depressão, coma, insuficiência respiratória e colapso.

Estes sintomas estão acompanhados de graves distúrbios eletrolíticos.

O tratamento de superdosagem por salicilato deve ser instituído imediatamente através de terapia de suporte intensiva.

O nível plasmático de salicilato deve ser medido para determinar a severidade do envenenamento e, consequentemente, orientar a terapia.

O esvaziamento gástrico deve ser executado tão logo seja possível, e antes do paciente entrar em depressão.

Em pacientes deprimidos, proteger as vias aéreas durante a lavagem gástrica.

A administração de carvão ativado reduz a absorção de salicilatos, assim como catárticos salinos.

Os salicilatos também são removíveis por hemodiálise.

A alcalinização forçada da diurese aumenta a excreção renal de salicilatos, entretanto, não deve ser administrado bicarbonato por via oral, pois a absorção de salicilatos pode aumentar.