Bula
Para que serve?
Terapêutica antipsicótica de manutenção a longo termo, ambulatorial ou hospitalar. Terapêutica antipsicótica de manutenção, imediatamente após o estágio agudo e na interfase de substituição dos neurolépticos clássicos. Coadjuvante, associado a outros neurolépticos, nos estágios iniciais de tratamento. Na instabilidade emocional neurótica.
Posologia
Indica-se uma dose diária, pela manhã, para todos os pacientes. Uma vez que a resposta individual aos agentes antipsicóticos é variável, a dose ideal deve ser estabelecida para cada paciente, por meio de supervisão clínica rigorosa e ajustes posológicos necessários. - Adultos: a dose inicialmente recomendada para pacientes com esquizofrenia crônica é de 2 a 4 mg por dia, com aumentos semanais de 2 a 4 mg, até que se obtenha um efeito terapêutico considerado satisfatório ou que apareçam reações adversas importantes. A dose média de manutenção situa-se em torno de 6 mg diários, variando entre 2 a 12 mg por dia. A dose máxima permitida é de 20 mg. Os pacientes devem ser encaminhados regularmente, para que o médico se certifique de que a dose eficaz mínima está sendo utilizada. - Pacientes idosos: a dose de manutenção é a mesma que para os adultos, contudo recomenda-se começar com metade da dose inicial proposta para os adultos. - Crianças: a dose recomendada é a metade da utilizada em adultos. A experiência de uso em crianças abaixo de 3 anos é muito limitada.
Contraindicação
Quadros de depressão do sistema nervoso central, estados comatosos e em indivíduos que tenham apresentado, previamente, hipersensibilidade a esse medicamento. Não deve ser utilizado em distúrbios depressivos ou na doença de Parkinson. Orap também está contra-indicado em pacientes com quadro congênito de alargamento do segmento QT do eletrocardiograma e em pacientes com antecedentes de arritmias cardíacas. Conseqüentemente, recomenda-se a realização de um ECG antes do tratamento, para excluir a presença dessas condições.
Avisos e Cuidados
Pacientes com aumento da atividade psicomotora: estudos clínicos com pimozida mostram ausência de eficácia ou um efeito apenas discreto em pacientes com agitação, excitação e ansiedade grave. Doenças hepáticas: deve-se ter cautela em casos de doenças hepáticas porque a pimozida é metabolizada pelo fígado. Monitorização cardíaca: devem ser realizadas avaliações periódicas da função cardíaca, principalmente ECG, nos pacientes que estejam recebendo doses acima de 16 mg ao dia. Se surgirem alterações de repolarização (prolongamento do intervalo QT, alterações da onda T ou presença de ondas U) ou arritmias deve-se rever a necessidade do tratamento com pimozida. Tais pacientes devem ser controlados atentamente, preferencialmente com redução das doses administradas. Como ocorre com outros neurolépticos, foram descritos casos raros fatais após o uso da pimozida, geralmente em doses acima da máxima recomendada, que é de 20 mg ao dia. Tempo para resposta terapêutica. Condições para interrupção do tratamento: na esquizofrenia a resposta à terapêutica antipsicótica pode demorar um certo período de tempo. Quando se suspende o antipsicótico, o reaparecimento dos sintomas pode tardar várias semanas ou mesmo meses. Após a interrupção abrupta de medicamentos antipsicóticos em altas doses, têm sido descritos, em raras ocasiões, quadros agudos de abstinência, com sintomas como náuseas, vômitos, insônia e sinais transitórios de discinesia. Recomenda-se, portanto, que a interrupção do tratamento seja gradual. Uso na gravidez e lactação: ainda não se estabeleceu a segurança da utilização da pimozida durante a gravidez assim, o medicamento não deve ser administrado a gestantes, particularmente no primeiro semestre de gestação, a menos que, na opinião do médico responsável pelo tratamento, os benefícios esperados superam o risco potencial para o feto. A pimozida é excretada pelo leite materno, não devendo ser empregada durante a lactação. Efeitos na capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas: Orap pode reduzir a capacidade de atenção, principalmente no início do tratamento. Redução essa que pode ser potencializada pela ingestão de bebidas alcoólicas. O paciente deve ser alertado para os riscos de tal sedação e aconselhado a não dirigir ou utilizar máquinas durante a terapêutica, pelo menos até que se conheça seu grau de susceptibilidade individual. Advertência: discinescia tardia: como acontece com todos os fármacos antipsicóticos, pode surgir um quadro de discinesia tardia em certos pacientes durante tratamentos prolongados ou quando tais tratamentos são interrompidos. O risco parece ser maior para mulheres idosas, sob terapêutica com altas doses. Os sintomas podem persistir durante longos períodos e em certos pacientes mostraram-se até irreversíveis. A síndrome está caracterizada principalmente por movimentos rítmicos e involuntários da face, boca, língua ou mandíbula. Não há até o momento, tratamento considerado eficaz para esta síndrome, geralmente não se obtendo resultados com compostos antiparkinsonianos. Recomenda-se que todos os fármacos antipsicóticos sejam suspensos quando surgirem tais sintomas, particularmente nos pacientes acima de 50 anos. Esta síndrome pode ser mascarada quando se reinicia o tratamento, quando se aumenta a dose ou quando há uma troca para se usar outro agente antipsicótico. Tem sido descrito que certos movimentos finos, vermiculares, da língua, podem se constituir em um sinal da discinesia tardia, e que a terapêutica é interrompida no momento em que se detectam esses movimentos, a síndrome completa não se instala. - Interações medicamentosas: Orap pode, de maneira dose-dependente, prejudicar o efeito antiparkinsoniano da levodopa. Deve também ser levada em consideração a possibilidade de efeitos aditivos, pelo uso concomitante de outros fármacos que sabidamente prolongam o intervalo QT (tais como: outros antipsicóticos, certos antiarrítmicos), nos pacientes sob tratamento em longo prazo com pimozida. Também devem ser considerados como fatores de risco os distúrbios eletrolíticos, principalmente a hipocalemia.
Composição
Cada comprimido contém, respectivamente,primozida 1 mg e 4 mg. Excipientes: fosfato de cálcio dibásico, amido, celulose microcristalina, polivinilpirrolidona, talco, estearato de magnésio, corante amarelo crepúsculo (nos comprimidos de 1 mg), corante amarelo tartrazina, corante azul de indigotina (nos comprimidos de 4 mg).