Piroxene
Princípio Ativo: Piroxicam
Tipo de Medicamento: Analgésicos
Bula
Para que serve?
Piroxicam é indicado no alívio dos sintomas agudos ou crônicos da artrite reumatóide,
osteoartrite e espondilite anquilosante.
Mostrou-se também eficaz no tratamento de distúrbios músculo-esqueléticos agudos, gota
aguda, dor pós-traumática e pós-operatória. Está também indicado para o tratamento da
dismenorréia primária em pacientes maiores de 12 anos.
Posologia
Na artrite reumatóide, osteoartrite e espondilite anquilosante
A dose inicial recomendada é de 20 mg em dose única diária. A maioria dos pacientes serão
mantidos com 20 mg ao dia.
Distúrbios músculo-esqueléticos agudos
Deve-se iniciar com 40 mg ao dia nos dois primeiros dias, em dose única ou fracionada. Para
os restantes dos 7 a 14 dias do tratamento, a dose deve ser reduzida para 20 mg ao dia.
gota aguda
Iniciar com única dose de 40 mg ao dia, seguida nos próximos 4 a 6 dias por 40 mg ao dia, em
dose única ou fracionada. Piroxicam não é indicado para o tratamento prolongado da gota. O
uso de piroxicam no tratamento da gota não corrige a hiperuricemia, que não deve ser
esquecida, mesmo que o uso da medicação diminua a incidência ou a serenidade dos ataques
agudos recorrentes.
Dor pós-traumática e pós-operatória
Iniciar com 20 mg/dia em dose única. Em casos onde se deseja um efeito mais rápido, pode-se
iniciar com 40 mg/dia nos dois primeiros dias, em dose única ou fracionada. Posteriormente, a
dose deve ser reduzida a 20 mg/dia.
Dismenorréia primária
Iniciar logo no início dos sintomas com 40 mg em dose única diária, nos dois primeiros dias
do período menstrual e, se necessário, 20 mg nos 3º, 4º e 5º dias.
Efeitos Colaterais
A incidência de reações adversas é baseada em pesquisas clínicas.
Aproximadamente 30% de todos os pacientes que receberam doses diárias de 20 mg
experimentaram efeitos colaterais. Sintomas gastrintestinais são os mais freqüentemente
encontrados, mas na maioria dos casos não interferem no curso do tratamento. Estas reações
incluem: estomatites, anorexia, desconforto epigástrico, náuseas, constipação, desconforto
abdominal, flatulência, diarréia, dor abdominal e indigestão.
Dos pacientes que experimentaram efeitos colaterais gastrintestinais, aproximadamente 5%
interromperam o tratamento com uma incidência total de úlcera péptica de aproximadamente
1%.
Outras reações gastrintestinais ocorreram com menor freqüência, tais como: disfunção
hepática, vômitos, hematemese, melena, sangramentos gastrintestinais, perfuração e
ulceração, boca seca.
Podem ocorrer efeitos sobre o SNC tais como tontura, sonolência, cefaléia, vertigem e outros
menos freqüentes como depressão, insônia, nervosismo, alucinação, alterações de humor,
pesadelos, confusão mental e parestesias.
Edema dos olhos, visão turva e irritações ocorrem menos freqüentemente.
Reações dérmicas de hipersensibilidade na forma de "rash " cutâneo e prurido podem ocorrer.
Menos freqüentemente podem aparecer sudorese, eritema, descamação, dermatite esfoliativa,
eritema multiforme, necrólises epidérmicas tóxicas, síndrome de Stevens-Johnson, reações
vesículo-bolhosas e reações fotoalérgicas da pele.
Pode ocorrer diminuição na hemoglobina e no hematócrito, anemia, leucopenia, eosinofilia e
com menos freqüência trombocitopenia, petéquias, equimose, depressão da medula óssea
incluindo anemia aplástica e epistaxe.
Efeitos relacionados ao sistema-cardiovascular e respiratório podem ocorrer, tais como edema
e menos freqüentemente hipertensão, piora do quadro de insuficiência cardíaca congestiva e
da angina, palpitações e dispnéia.
Alterações metabólicas como hipoglicemia, hiperglicemia, aumento ou diminuição do peso
podem ser raramente observadas.
Também podem ser observadas reações de hipersensibilidade como anafilaxia,
broncoespasmo, urticária/angioedema, vasculites e doenças do soro. Casos esporádicos de
anticorpos antinucleares (ANA) têm sido relatados.
Pode ocorrer elevação da creatinina e raramente disúria.
Contraindicação
Não deve ser usado em pacientes que tenham previamente demonstrado hipersensibilidade à
droga. Existe potencial de sensibilidade cruzada ao ácido acetilsalicílico e a outras drogas
antiinflamatórias não esteroidais.
Contra-indicado para pacientes que desenvolvam asma, rinite, angioedema ou urticária após o
uso de ácido acetilsalicílico ou outros antiinflamatórios não esteroidais, assim como para
pacientes com úlcera péptica ativa e hemorragia digestiva alta.
Avisos e Cuidados
Úlcera péptica, perfuração e sangramento gastrintestinal às vezes severos e em alguns casos
fatais têm sido relatados em pacientes que receberam piroxicam.
Se piroxicam for administrado a pacientes com história de doença gastrintestinal alta, o
paciente deve estar sob supervisão rigorosa do médico.
Em estudos clínicos, a incidência da úlcera péptica com a dose máxima recomendada de
piroxicam (20 mg/dia) foi de 0,8%. O uso de doses acima da recomendada está associado com
a maior incidência de irritação gastrintestinal e úlceras.
Embora não tenham sido constatados efeitos teratogênicos nos estudos em animais, a
segurança para o uso de piroxicam durante a gravidez ou no período de lactação não foi ainda
estabelecida.
Semelhante a outras drogas que inibem a síntese e liberação de prostaglandinas, piroxicam
aumentou a incidência de distócia e retardo do parto em animais quando foi administrado até
o final da gravidez.
Os antiinflamatórios não esteroidais são também reconhecidos como indutores do fechamento
do "ductus arteriosus " em crianças.
A posologia e indicações para o uso em crianças não foram ainda estabelecidas.
Assim como outros antiinflamatórios não esteroidais, a administração prolongada em animais
resultou em necrose da papila renal e outras patologias renais. Em humanos foram relatados
casos de nefrite intersticial aguda com hematúria, proteinúria e ocasionalmente síndrome
nefrótica. Os antiinflamatórios não esteroidais inibem a síntese de prostaglandinas renais, que
desempenham um papel de suporte na manutenção da perfusão renal em pacientes cujo fluxo
sangüíneo renal está diminuído.
Nestes pacientes, a administração dos antiinflamatórios não esteroidais pode precipitar uma
descompensação renal carac- terística, que é reversível após a interrupção da terapêutica.
Pacientes com maior risco desta reação são aqueles com função renal prejudicada,
insuficiência cardíaca, disfunção hepática, aqueles em uso de diureticos e os idosos. Devido a
grande excreção renal de piroxicam e seus produtos de biotransformação, doses mais baixas
devem ser administradas em pacientes com disfunção renal e estes devem ser cuidadosamente
assistidos.
Embora outros antiinflamatórios não esteroidais não tenham os mesmos efeitos diretos sobre
as plaquetas como o ácido acetilsalicílico, todas as drogas que inibem a síntese das
prostaglandinas interferem na função plaquetária em algum grau; portanto, pacientes que
podem ser afetados por tal ação devem ser observados cuidadosamente durante a
administração de piroxicam.
Devido a relatos de alterações oculares com o uso de antiinflamatórios não esteroidais,
recomenda-se que pacientes que desenvolvam estas queixas durante o tratamento submetamse
a uma avaliação oftalmológica.
Assim como ocorre com outros antiinflamatórios não esteroidais, elevações de um ou mais
dos testes hepáticos podem ocorrer em mais de 15% dos pacientes. Estas anormalidades
podem progredir, permanecer estáveis ou serem transitórias com a terapia continuada. A TGP
é o indicador mais sensível de disfunção hepática. Elevações significativas do TGO ou TGP
ocorreram em estudos clínicos em menos de 1% dos pacientes. Em pacientes com disfunção
hepática, piroxicam deve ser administrado com cautela. Embora raras, reações hepáticas
graves foram relatadas com o uso de piroxicam, incluindo icterícia e casos fatais de hepatite.
Logo, se os testes de função hepática pioram, piroxicam deve ser interrompido.
Embora não ocorra aumento da perda sangüínea nas fezes devido a irritação gastrintestinal
com a dose recomendada (20 mg/dia), foi observada a redução de hemoglobina e hematócrito
em 4% dos pacientes tratados com piroxicam.
Edema periférico foi observado em aproximadamente 2% dos pacientes tratados. Portanto,
piroxicam deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência cardíaca, hipertensão
ou outras condições que predispõem à retenção de líquidos.
Aviso: "ESTE PRODUTO CONTÉM O CORANTE AMARELO DE TARTRAZINA QUE
PODE CAUSAR REAÇÕES DE NATUREZA ALÉRGICA, ENTRE AS QUAIS ASMA
BRÔNQUICA, ESPECIALMENTE EM PESSOAS ALÉRGICAS AO ÁCIDO ACETIL
SALICÍLICO.
Superdosagem
Para o tratamento de superdosagem é necessário levar em conta a longa meia-vida plasmática
do piroxicam. A falta de experiência com a superdosagem aguda impede a caracterização de
seqüelas e recomendação de antídoto eficaz. Supõe-se contudo, que as condutas de
esvaziamento gástrico e terapia de suporte sejam eficazes.
O uso de carvão ativado pode reduzir a absorção de piroxicam.
Laboratório
Solvay Farma Ltda.:
SAC: 0800-0141500