O Rydapt é um medicamento indicado para combater a leucemia mieloide aguda, que é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos, com um diagnóstico recente. O Rydapt apenas é administrado quando a leucemia mieloide aguda apresenta uma alteração genética específica denominada mutação FLT3.
Este remédio é utilizado inicialmente em associação com outros medicamentos para o tratamento do câncer, podendo depois ser usado isoladamente, assim que a quimioterapia tenha sido dada por completa e que a doença tenha respondido ao tratamento.
Além disso, o Rydapt é também utilizado para o tratamento de adultos com mastocitose sistémica agressiva, mastocitose sistémica com câncer do sangue e leucemia de mastócitos.
A dose recomendada de Rydapt é de uma cápsula de 50 mg, por via oral, duas vezes ao dia, com aproximadamente 12 horas de intervalo, às refeições.
Geralmente e dependendo da tolerância da pessoa, podem ser administrados antieméticos para prevenir o enjoo causado por Rydapt.
O Rydapt é administrado nos dias 8-21 dos ciclos de quimioterapia de indução e consolidação e depois, em doentes em resposta completa, todos os dias como agente único de terapêutica de manutenção até recidiva durante um máximo de 12 ciclos de 28 dias cada. Em doentes a receber transplante de células estaminais hematopoiéticas, o Rydapt deve ser descontinuado 48 horas antes do regime de condicionamento para o transplante.
Existem vários critérios para modificações de dose que devem ser determinados pelo médico.
Este remédio não deve ser usado em pessoas com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes contidos na fórmula.
Além disso, também não deve ser administrado em pessoas que estejam a tomar indutores potentes da CYP3A4, como por exemplo, a rifampicina, hipericão, carbamazepina, enzalutamida ou fenitoína.
Este medicamento também não deve ser usado em mulheres grávidas ou que estejam a amamentar.
Antes de iniciar o tratamento, a pessoa deve ser informada acerca dos efeitos que podem ocorrer com o medicamento de forma a tomar as devidas precauções, como a diminuição dos glóbulos brancos e como consequência a ocorrência de infecções e por isso deve ser controlada qualquer infecção grave ativa antes de iniciar o tratamento ou caso já tenha sido iniciado, deve-se estar atento aos sinais e sintomas de possível infecção, de forma a fazer o tratamento adequado ou mesmo suspender o Rydapt.
Deve-se ainda ter cautela em pessoas com insuficiência cardíaca, problemas nos pulmões, nos rins e no fígado.
As mulheres que desejam engravidar, devem ser informadas de que os estudos com animais revelam que a midostaurina, substância ativa de Rydapt, pode ser prejudicial para o desenvolvimento do bebê.
Cada cápsula mole contém:
Midostaurina____________________________________25 mg
Excipientes_____________________________q.s.p. 1 cápsula
(Excipientes: Hidroxiestearato de macrogolglicerol, Macrogol, Etanol anidro, Óleo de milho mono-di-triglicéridos, Racemato total de alfa-tocoferol, Glicerol, Dióxido de titânio (E171), Óxido de ferro amarelo(E172), Óxido de ferro vermelho (E172), Água purificada, Carmin (E120), Hipromelose e Propilenoglicol)
A substância ativa do Rydapt, a midostaurina, é um inibidor de uma enzima chamada tirosina cinase.
Em pessoas com uma mutação FLT3, uma forma anormal da tirosina cinase FLT3 estimula a manutenção e o crescimento das células de leucemia mieloide aguda. Ao bloquear a enzima FLT3 anómala, a midostaurina ajuda a promover a morte das células anómalas, impedindo que o câncer se espalhe.
Além disso, o Rydapt bloqueia também uma forma mutada de uma outra enzima, a cinase KIT, que tem um papel importante no estímulo do crescimento anómalo de mastócitos nas doenças que envolvem estas células.
As reações adversas observadas com sobredosagem foram diarreia, dor abdominal e vómitos.