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Medicamentos

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Sarcoton

Princípio Ativo: Dissulfiram

Tipo de Medicamento: Dependência álcool

Bula

Para que serve?

Sarcoton está indicado como auxiliar no tratamento do alcoolismo crônico. Ele não é a cura para o alcoolismo; simplesmente fornece ao indivíduo um apoio ao seu desejo sincero de parar de beber.

Uso adulto - Uso oral

Posologia

Administrar no primeiro dia de tratamento, 2 (duas) colheres-medida rasas - aproximadamente 1 g do pó - 1(uma) vez ao dia.

Nos dias seguintes, administrar 1 (uma) colher-medida rasa - aproximadamente 500 mg do pó - 1(uma) vez ao dia, durante semanas ou meses, até o paciente perder por completo a vontade de ingerir bebidas alcoólicas, ou então a critério médico.

A posologia não deve exceder a 500 mg de dissulfiram diariamente.

Efeitos Colaterais

Informe seu médico caso sinta dor nos olhos ou alteração na visão, dormência, formigamento, dor ou fraqueza nas mãos ou nos pés.

Contraindicação

Sarcoton é contra-indicado a pacientes sensíveis ao dissulfiram ou outros tiuranos (como os contidos em borrachas, pesticidas e fungicidas).

Avisos e Cuidados

Sarcoton na gravidez e lactação: informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Informe seu médico se está amamentando.

Alguns casos de defeitos congênitos foram relatados em crianças de mães que receberam dissulfiram durante a gravidez. Estudos relataram embriotoxicidade do dissulfiram em animais. Com isso, a segurança do uso da droga durante a gravidez ainda não foi determinada e portanto, a terapêutica com dissulfiram em mulheres grávidas, deve ser avaliada pelo médico quanto a relação risco-benefício.

Não há estudos que comprove a segurança do produto durante a lactação. O médico deverá optar pela interrupção do tratamento ou a suspensão da amamentação.

Sarcoton só deve ser administrado após 12 horas da última ingestão de álcool pelo paciente.

Não deve ser administrado a pacientes em estado de intoxicação alcoólica, ou sem seu total conhecimento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Não há informações disponíveis quanto ao efeito do dissulfiram em pacientes idosos. entretanto, pacientes com idade avançada são mais prováveis de sofrerem alguma disfunção renal, devendo-se ter cautela durante a terapêutica com dissulfiram. ainda, pacientes idosos com doenças cardíacas ou cerebrovasculares, podem não tolerar a hipotensão resultante da reação dissulfiram - álcool, como também, pacientes mais jovens.

A ingestão de álcool por indivíduos previamente tratados com Sarcoton, dá origem à sinais e sintomas acentuados, conhecidos como reação dissulfiram-álcool, caracterizados por: sensação de rosto quente, vermelhidão no rosto, dor de cabeça intensa, dificuldade de respirar, náusea, vômitos, suor, sede, fraqueza, vertigem, visão turva. O rubor facial é substituído por palidez, seguida de queda da pressão arterial.

A reação dissulfiram-álcool pode ocorrer até 14 dias após a administração de Sarcoton se ocorrer a ingestão de álcool ou de produtos que contenham álcool.

É necessário que o paciente saiba evitar formas disfarçadas do álcool como molhos, temperos, vinagre, alguns tipos de medicamentos que contenham álcool em sua formulação, como alguns xaropes e até mesmo loções após barba.

Informe seu médico caso você tenha apresentado uma das seguintes situações: dermatite de contato eczematosa alérgica, distúrbios cardiovasculares, depressão, diabetes mellitus, epilepsia ou outras alterações convulsivas, mau funcionamento hepático ou cirrose, hipotireoidismo, psicoses, insuficiência pulmonar severa, disfunção renal.

A concentração sérica de colesterol pode aumentar com dose de 500 mg de dissulfiram ao dia.

A concentração urinária do ácido vanililmandélico (VMA) pode diminuir durante a terapêutica com dissulfiram.

Interações Medicamentosas

  • Sarcoton pode ser ingerido juntamente com alimentos como sopa, leite e outros.
  • O uso de álcool ou produtos que contenham álcool até 14 dias após a terapia com dissulfiram resultará na reação dissulfiram - álcool.
  • A administração pré-operatória crônica de inibidores de enzimas hepáticas, tal como o dissulfiram, pode diminuir a depuração plasmática e prolongar a duração de ação de alfentanila.
  • O metabolismo da bacampicilina produz uma baixa concentração plasmática de álcool e acetaldeído; apesar de o risco de interação dissulfiram - álcool ser mínimo, se o uso concomitante for inevitável, este deve ser bem monitorado. É possível ocorrer uma reação similar com a associação amoxicilina e clavulanato.
  • O efeito anticoagulante de cumarínicos ou derivados da indandiona, pode ser potencializado com o uso concomitante de dissulfiram. Um ajuste da dose dos anticoagulantes, baseado na determinação do tempo de protrombina, pode ser necessário durante o uso concomitante.
  • O uso de anticonvulsivantes hidantoínicos, especialmente fenitoína, juntamente com dissulfiram, poderá aumentar a concentração plasmática dos hidantoínicos, possibilitando seu efeito tóxico. Se o uso concomitante for necessário, a concentração plasmática do anticonvulsivante deve ser obtida antes e durante o tratamento com dissulfiram, ajustando-se a dose adequadamente.
  • O uso concomitante com antidepressivos tricíclicos, principalmente amitriptilínicos, pode causar delírio transitório.
  • A exposição aos vapores de dibrometo de etileno durante a terapêutica com dissulfiram, pode resultar em uma reação tóxica.
  • O uso concomitante de dissulfiram com inibidores de enzimas hepáticas pode potencializar seu efeito; com medicamentos hepatotóxicos, pode aumentar o potencial hepatotóxico.
  • O uso com isoniazida, pode resultar num aumento de incidência de efeitos no sistema-nervoso central, como convulsões, incoordenação, irritabilidade ou insônia; uma redução da dose ou mesmo a descontinuidade da terapêutica com dissulfiram pode ser necessária.
  • O uso concomitante de dissulfiram e metronidazol pode resultar em reações psicóticas e confusão devido a toxicidade combinada; o uso concomitante de metronidazol não é recomendado até 2 semanas decorridas da terapêutica com dissulfiram.
  • O uso com midazolam pode diminuir o metabolismo de primeira-passagem e a eliminação de midazolam pelo fígado, possibilitando um aumento da concentração plasmática de midazolam.
  • O uso de medicamentos neurotóxicos durante a terapêutica com dissulfiram pode aumentar o potencial neurotóxico.
  • O ácido ascórbico pode interferir com a reação álcool-dissulfiram.
  • A exposição a solventes orgânicos ingeridos ou inalados, podendo conter álcool, acetaldeído, paraldeído ou estrutura análoga, poderá resultar na reação dissulfiram - álcool.
  • O uso concomitante de paraldeído com dissulfiram não é recomendado, devido ao aumento da concentração sanguínea do paraldeído e acetaldeído.
  • O uso concomitante de medicamentos depressores do sistema-nervoso central e dissulfiram pode potencializar este efeito depressor.

Composição

Cada g do pó contém:

Dissulfiram.................................................................................................................0, 4 g

Excipiente q.s.p...........................................................................................................1, 0 g
(carbonato de cálcio médio).

Apresentação:

Pó oral: embalagem contendo 1 pote de 10 g, acompanhado de 1 colher-medida.

Mecanismo de ação

O dissulfiram, por si, é uma substância relativamente não tóxica. Entretanto, altera de forma acentuada o metabolismo intermediário do álcool e causa aumento da concentração sanguínea de acetaldeído em até 5 a 10 vezes o nível obtido quando o etanol é ministrado a um indivíduo que não recebeu tratamento prévio com dissulfiram.

Uma única dose de dissulfiram começará a produzir efeito sobre o metabolismo do etanol dentro de 1 a 2 horas.

A reação dissulfiram-álcool pode ocorrer até 14 dias decorridos após a última dose de dissulfiram.

Laboratório

Medley:

- SAC: 0800 7298000.