Corgard
Bula
Para que serve?
Angina do peito: Corgard é indicado para o tratamento a longo prazo dos pacientes com angina do peito.
Arritmias e Prolapso da válvula mitral: Corgard é indicado no tratamento das taquiarritmias cardíacas relacionadas com hiperestimulação simpática e no tratamento do prolapso da válvula mitral.
Hipertensão: Corgard é indicado para o tratamento da hipertensão; pode-se usá-lo isoladamente ou em associação com outros agentes anti-hipertensivos, especialmente diuréticos tiazídicos.
Enxaqueca: Corgard é indicado para o tratamento profilático da enxaqueca. (O nadolol não é indicado para o tratamento de enxaqueca estabelecida.)
Hipertireoidismo (Tireotoxicose) : Corgard é indicado para o tratamento sintomático do hipertireoidismo e para o preparo pré-operatório de pacientes com hipertireoidismo para tireoidectomia. Deve ser usado associado à terapia antitireoidiana convencional.
Posologia
A dosagem deve ser individualizada. Corgard pode ser administrado sem guardar relação com as refeições.
Angina do Peito
A dose inicial habitual é de 4O mg de Corgard uma vez ao dia. A dosagem pode ser aumentada gradativamente em incrementos de 40 a 8O mg em intervalos de 3 a 7 dias.
A utilidade e segurança na angina do peito de uma dosagem maior que 24O mg/dia não foram estabelecidas.
Arritmias e Prolapso da válvula mitral
A dose inicial é de 4O mg uma vez ao dia, que pode ser aumentada, se necessário, para 160 mg uma vez ao dia. Doses menores têm se mostrado eficientes no controle do prolapso da válvula mitral. Se ocorrer bradicardia, a dose deverá ser reduzida para 40 mg uma vez ao dia.
Hipertensão
A dose inicial é de 4O mg de nadolol uma vez ao dia, como agente único ou associado à diureticoterapia. A dose pode ser gradativamente aumentada em incrementos de 4O a 8O mg até se obter uma redução ótima da pressão arterial. Doses de até 240 ou 320 mg administrados uma vez ao dia podem ser necessárias.
Enxaqueca
A dose inicial de Corgard é de 4O a 8O mg/dia; a dose de manutenção é de 80 a 160 mg/dia.
Hipertireoidismo (Tireotoxicose)
Faixa de dosagem : 80 - 160 mg/dia. O nadolol deverá ser administrado pela manhã na ocasião da cirurgia. No pós-operatório, a dosagem de nadolol deve ser pouco a pouco reduzida e, então, retirada uma vez que o paciente esteja estabilizado.
Idosos
Pode ser apropriada uma redução na dosagem para pacientes idosos, já que a função renal diminuída é uma consequência fisiológica da idade.
Crianças
A segurança e a eficácia não foi estabelecida.
Contraindicação
O nadolol é contraindicado em pacientes com asma brônquica, bradicardia sinusal, bloqueio da condução maior que o de primeiro grau, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca manifesta (vide ADVERTÊNCIAS).
Avisos e Cuidados
Pacientes com história de Insuficiência Cardíaca
A estimulação simpática pode ser um componente vital de suporte à função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e o bloqueio beta-adrenérgico pode piorar a falência.
Embora os beta-bloqueadores devam ser evitados em casos de insuficiência cardíaca manifesta, eles podem ser usados cautelosamente, se necessário, em pacientes com história de insuficiência cardíaca bem compensados, normalmente com digitálicos e diuréticos. Os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos não anulam o efeito inotrópico dos digitálicos sobre o músculo cardíaco.
Pacientes sem história de Insuficiência Cardíaca
A depressão contínua do miocárdio com beta-bloqueadores pode, em alguns casos, resultar em insuficiência cardíaca. Aos primeiros sinais ou sintomas de insuficiência cardíaca eminente, o paciente deve ser digitalizado ou tratado com diuréticos e a resposta deve ser rigorosamente observada. Se a insuficiência cardíaca persistir, mesmo com digitalização e diurese adequadas, deve-se interromper a administração de Corgard (gradativamente, se possível).
Exacerbação da Doença Isquêmica Cardíaca após interrupção abrupta da terapia
Observa-se hipersensibilidade a catecolaminas em pacientes que interrompem a terapia com beta-bloqueadores; pode ocorrer exacerbação da angina, hipertensão e, em alguns casos, infarto do miocárdio, após descontinuação repentina da terapia. Para se descontinuar a administração de nadolol em pacientes que o tenham recebido cronicamente, principalmente aqueles com doença isquêmica cardíaca, a dosagem deverá ser gradativamente reduzida no decurso de 1 a 2 semanas e o paciente deve ser monitorado cuidadosamente. Se houver piora acentuada da angina ou se houver desenvolvimento de insuficiência coronária, a administração de nadolol deverá ser restituída de imediato (pelo menos temporariamente) e outras medidas apropriadas para o controle de angina instável devem ser tomadas. Os pacientes deverão ser advertidos para não interromperem ou descontinuarem a terapia sem orientação médica. Devido ao fato da doença das artérias coronárias ser comum e existir a possibilidade desta não ser detectada, pode ser prudente não descontinuar o tratamento repentinamente mesmo em pacientes sob tratamento somente para hipertensão.
Broncoespasmo não-alérgico (p. ex., bronquite crônica, enfisema)
Em geral, pacientes com doenças broncoespásticas não devem receber beta-bloqueadores, já que estes podem inibir a broncodilatação produzida por estimulação endógena ou exógena por catecolaminas dos receptores beta-2.
Cirurgia de grande porte
O bloqueio dos beta-receptores interferem na capacidade do coração em responder ao estímulo-reflexo e pode aumentar os riscos da anestesia geral e dos procedimentos cirúrgicos que resultam em hipotensão prolongada ou baixo débito cardíaco.
Se possível, os beta-bloqueadores devem ser descontinuados bem antes da ocasião da cirurgia. No evento de uma cirurgia de emergência, o anestesiologista deve ser informado se o paciente está sob terapia com beta-bloqueadores.
Uma exceção ao parágrafo acima se refere à cirurgia da tireóide Z (vide INDICAÇÕES - Hipertireoidismo e DOSAGEM E ADMINISTRAÇÃO - Hipertireoidismo).
Diabetes e Hipoglicemia
O bloqueio beta-adrenérgico pode prevenir o aparecimento de sinais ou sintomas de alerta de hipoglicemia aguda. Este fato é principalmente importante para diabéticos lábeis. O beta-bloqueio também reduz a liberação de insulina em resposta à hiperglicemia; portanto, pode ser necessário ajustar a dose de drogas antidiabéticas.
Tireotoxicose
O bloqueio beta-adrenérgico pode mascarar alguns sinais clínicos de hipertireoidismo (p. ex., taquicardia). A retirada abrupta do nadolol em pacientes com tireotoxicose pode desencadear uma crise tireotóxica.
Composição
Cada comprimido de Corgard contém:
nadolol .................... 4O ou 8O mg
ingredientes inativos .................... celulose microcristalina e estearato de magnésio
Superdosagem
Além da lavagem gástrica, as medidas a seguir podem ser tomadas se necessário. na determinação da duração da terapêutica corretiva, deve ser levado em conta a ação duradoura do nadolol.
Bradicardia excessiva - administrar atropina (0,25 a 1,0 mg). se não houver resposta ao bloqueio vagal, deve-se administrar, com precaução, isoproterenol.
Insuficiência cardíaca - digitalização e diuréticos. relata-se que a administração de glucagon também pode ser útil nesta situação.
Hipotensão - se a administração de fluidos é ineficaz, administrar vasopressores, tais como, dopamina, dobutamina, levarterenol ou isoproterenol. há evidência farmacológica de que o levarterenol (norepinefrina) é a droga de escolha.
Broncoespasmo - administrar um agente estimulador b2 e/ou derivado da teofilina.
O nadolol pode ser removido da circulação geral por hemodiálise.