Tenolon
Bula
Para que serve?
Tenolon é indicado no tratamento da hipertensão arterial, angina do peito, infarto do miocárdio e taquiarritmias cardíacas. Pode ser usado como adjuvante no tratamento da síndrome de abstinência e hipertireoidismo, e como profilaxia da enxaqueca.
Posologia
Hipertensão: a maioria dos pacientes responde a uma dose oral de 100mg. O efeito pleno será alcançado após uma ou duas semanas. Pode-se conseguir uma redução adicional no pressão arterial, combinando o ATENOLOL com outros agentes anti-hipertensivos, como por exemplo a clortalidona.
Angina: a maioria dos pacientes com angina pectoris responde a uma dose diária de 100mg, administrada como dose única ou fracionada. É improvável que se obtenha benefício adicional através do aumento da dose.
Infarto do miocárdio (intervenção tardia após infarto agudo do miocárdio): para pacientes que se apresentarem alguns dias após sofrerem infarto do miocárdio, recomenda-se uma dose de 100mg diários para profilaxia a longo prazo de infarto do miocárdio.
Pacientes com insuficiência renal (clearance de creatina superior a 35 ml/min./1.73m2): não ocorre acúmulo significativo de ATENOLOL. Clearance de creatinina entre 15 a 35 ml/min./1.73m2: a dose deve ser de 50mg ou 100mg em dias alternados ou 100mg a cada 4 dias.
Pacientes que se submetem a hemodiálise: devem receber 50mg por dia via oral, após cada diálise; isto deve ser feito sob supervisão hospitalar, uma vez que podem ocorrer acentuadas quedas na pressão arterial.
Pacientes idosos: os requisitos de dose podem ser reduzidos.
Avisos e Cuidados
Tenolon não deve ser administrado a pacientes com insuficiência cardíaca descompensada, entretanto pode ser usado em pacientes cujos sinais de insuficiência tenham sido controlados.
Uma das reações farmacológicas do ATENOLOL é reduzir a frequência cardíaca. Nos raros casos em que os sintomas possam ser atribuíveis à baixa frequência cardíaca, a dose pode ser reduzida.
Tenolon modifica a taquicardia da hipoglicemia.
Deve ser usado com cuidado em pacientes com doenças obstrutivas crônicas das vias respiratórias, entretanto pode ocorrer ocasionalmente certo aumento da resistência das vias respiratórias em pacientes asmáticos. Normalmente este quadro pode ser revertido através da administração das doses comumente usadas de broncodilatadores (salbutamol ou isoprenalina).
Assim como ocorre com outros betabloqueadores, em pacientes com doenças cardíaca isquêmica o tratamento não deve ser descontinuado abruptamente. Pode exacerbar os sintomas de angina e/ou precipitar o infarto do miocárdio e arritmias cardíacas.
Deve-se tomar cuidado ao se prescrever um betabloqueador juntamente com agentes antiarrítmicos classe 1, tal como a disopramida.
Os betabloqueadores devem ser usados com cuidado em combinação com o verapamil em pacientes com função ventricular comprometida. A combinação não deve ser dada a pacientes com anormalidade de condução, nenhuma dessas drogas devem ser administradas intravenosamente dentro de 48 h antes da suspensão da outra.
Em pacientes com função renal debilitada, Tenolon deve ser administrado com muito cuidado especialmente se o clearence de creatinina for menor que 35ml/min/1,73m3.
Deve-se tomar cuidado ao se transferir pacientes em tratamento com clonidina para drogas betabloqueadoras. Se ambas tiverem que ser administradas concomitante o betabloqueador deve ser descontinuado alguns dias da retirada da clonidina.
Não é aconselhável a suspensão de drogas betabloqueadoras antes de uma cirurgia na maior parte dos pacientes. Se for decidido suspender a administração de betabloqueador antes da cirurgia, a última dose deve ser administrada 48 h antes do início da anestesia. Entretanto, deve-se tomar cuidado quando agentes anestésicos são usados, tais como éter, cilclopropano e tricloroetileno, se ocorrer dominância vagal, atropina (1-2 mg IV) pode corrigi-la.
Tenolon tem sido usado efetivamente sob supervisão cuidadosa para o tratamento de hipertensão associada a gravidez. Não houve evidência de qualquer anormalidade fetal, não obstante tivesse sido administrado geralmente após 20 semanas de gestação. Entretanto, a possibilidade de dano fetal não pode ser excluída e o uso da droga em mulheres que estejam grávidas ou que possam engravidar ou que estejam amamentando, requer que os benefícios esperados sejam avaliados com os possíveis riscos.
Os efeitos hipoglicomiantes da insulina podem ser aumentados com o uso de betabloqueadores.
Superdosagem
Os sintomas de superdosagem pode incluir bradicardia, hipotensão, insuficiência cardíaca aguda e broncodilatadores,
Tratamento geral deve incluir: monitorização, cuidadosa, tratamento em unidade de terapia intensiva, uso de lavagem gástrica, carvão ativado e laxante para prevenir a absorção de qualquer droga ainda presente no trato gastrintestinal, plasma ou substitutos do plasma para tratar hipotensão e choque.
Hemodiálise ou hemoperfusão também podem ser considerados.
Bradicardia excessiva pode ser controlada com 1-2mg de atropina por via intravenosa. Se necessário, a isto pode se seguir a administração de uma dose em bolus de 10mg de glucagon por via intravenosa. Se necessário, esse procedimento pode ser repetido ou seguido de uma infusão intravenosa de 1-10mg/hora de glucagon, dependendo da resposta obtida. Se não houver resposta ao glucagon, ou se o mesmo não estiver disponível, pode-se administrar um estimulante beta-adrenérgico, tal como a dobutamina 2.5 mcg a 10mcg/kg/min por infusão intravenosa. Dobutamina, por seu efeito inotrópico positivo, também poderia ser usada para tratar hipotensão e insuficiência cardíaca aguda. É provável que as doses indicadas sejam inadequadas para reverter os efeitos cardíacos do betabloqueio se uma grande dose tiver sido ingerida. Portanto, a dose de dobutamina deve ser aumentada para que se atinja a resposta exigida, de acordo com condições clínicas do paciente.